quarta-feira, 30 de março de 2011

Greve do futebol espanhol acaba em paeja

Falamos aqui sobre a possibilidade de greve na Liga Espanhola de Futebol. Bom, lá como cá, parece que tudo termina em pizza, ou seria paeja?

A juíza Purificación Pujol, de Madri, decidiu aceitar nesta quarta-feira a medida cautelar impetrada por seis clubes do país que anula a greve proposta pela Liga Nacional de Fútbol Profesional (LFP, na sigla em espanhol), que representa os clubes e que marcara uma paralisação para a 30ª rodada do Campeonato Espanhol. Na prática, não haveria nenhuma partida das primeira e segunda divisões do país no próximo final de semana (02 e 03 de abril), e todas as nove jornadas restantes da disputa seriam postergadas em uma semana. Com o parecer, o calendário oficial segue a programação normal, e todos os jogos acontecerão. 

A necessidade de uma intervenção jurídica deu-se por conta de Athletic Bilbao, Real Sociedad, Zaragoza, Espanyol, Sevilla e Villarreal não concordarem com a iniciativa da LFP - que contava com o apoio dos gigantes Real Madrid e Barcelona - que tinha como objetivo ser um protesto por questões relativas a direitos de transmissão de TV e maior participação no dinheiro oriundo das loterias. O Málaga é o único clube que não se posicionou sobre o assunto.

O grupo dos seis 'rebeldes' ou G-6, como é tratado pela imprensa do país ibérico, era contra a greve e argumentou que a mesma ia contra o interesse público e que o próprio presidente da LFP, José Luis Astiazarán Iriondo, assegurou em carta enviada em dezembro a Associación de Futebolistas Españoles (AFE, novamente na sigla em espanhol), que representa os jogadores, que seria impossível parar a disputa nacional no meio por falta de datas.

Mas também há por trás da investida contrária deste grupo, que saiu vencedor, interesses relacionados aos direitos de transmissão de TV, cujo atual contrato acaba neste ano e um novo deve ser fechado para o triênio 2012-2015. Os seis são contrários à negociação individual, tal como ocorre atualmente, e defendem a discussão em conjunto para que a divisão das receitas seja mais igualitária.
Fonte: ESPN

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