Confira os bastidores da queda de Mano Menezes

Reuniões secretas, pressões externas e pouca identificação com a torcida fazem patrocinadores agirem

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Barcelona faz campanha para promover jogos contra o Real Madrid

Barcelona e Real Madrid, dois dos mais poderosos clubes do mundo, farão uma verdadeira maratona de clássicos entre si nos próximos dias, e cada partida vale por uma competição. Tem jogo pela final da Taça Del Rey (A Copa do Brasil da Espanha, só que decidida em jogo único), uma partida que pouco vale pelo Campeonato Espanhol (o Barça está oito pontos a frente do rival madrileno e já é o campeão virtual da temporada) e os dois jogos mais importantes de todos, as partidas pelas semifinais da Liga dos Campeões da Uefa. Quem vencer este duelo decide o título de campeão europeu da temporada 2010-11.

Bom, e daí, muito futebol e pouco marketing, certo? Errado. Ainda pelo Campeonato Espanhol, na primeira vez que as duas equipes se enfrentaram o invicto Real Madrid foi humilhado pelo Barcelona e levou uma goleada histórica de 5 a 0. Agora, véspera dos clássicos os ônibus da cidade catalã começaram a circular com esta imagem.



No pôster os jogadores do Barcelona Puyol, Xavi, Valdés, Busquets e Villa exibem as palmas de uma das mãos e formam a palavra "units" (unidos), em clara referência à goleada por 5 a 0 aplicada pelo time catalão sobre os merengues no último encontro. A propaganda já é vista em ônibus, metrô e em ruas de Barcelona. E foi destaque do jornal Marca.

A ideia é incentivar o apoio maciço dos torcedores nas quatro partidas que serão realizadas em apenas 18 dias. O primeiro jogo será dia 16/04 pelo Campeonato Espanhol.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Greve do futebol espanhol acaba em paeja

Falamos aqui sobre a possibilidade de greve na Liga Espanhola de Futebol. Bom, lá como cá, parece que tudo termina em pizza, ou seria paeja?

A juíza Purificación Pujol, de Madri, decidiu aceitar nesta quarta-feira a medida cautelar impetrada por seis clubes do país que anula a greve proposta pela Liga Nacional de Fútbol Profesional (LFP, na sigla em espanhol), que representa os clubes e que marcara uma paralisação para a 30ª rodada do Campeonato Espanhol. Na prática, não haveria nenhuma partida das primeira e segunda divisões do país no próximo final de semana (02 e 03 de abril), e todas as nove jornadas restantes da disputa seriam postergadas em uma semana. Com o parecer, o calendário oficial segue a programação normal, e todos os jogos acontecerão. 

A necessidade de uma intervenção jurídica deu-se por conta de Athletic Bilbao, Real Sociedad, Zaragoza, Espanyol, Sevilla e Villarreal não concordarem com a iniciativa da LFP - que contava com o apoio dos gigantes Real Madrid e Barcelona - que tinha como objetivo ser um protesto por questões relativas a direitos de transmissão de TV e maior participação no dinheiro oriundo das loterias. O Málaga é o único clube que não se posicionou sobre o assunto.

O grupo dos seis 'rebeldes' ou G-6, como é tratado pela imprensa do país ibérico, era contra a greve e argumentou que a mesma ia contra o interesse público e que o próprio presidente da LFP, José Luis Astiazarán Iriondo, assegurou em carta enviada em dezembro a Associación de Futebolistas Españoles (AFE, novamente na sigla em espanhol), que representa os jogadores, que seria impossível parar a disputa nacional no meio por falta de datas.

Mas também há por trás da investida contrária deste grupo, que saiu vencedor, interesses relacionados aos direitos de transmissão de TV, cujo atual contrato acaba neste ano e um novo deve ser fechado para o triênio 2012-2015. Os seis são contrários à negociação individual, tal como ocorre atualmente, e defendem a discussão em conjunto para que a divisão das receitas seja mais igualitária.
Fonte: ESPN

sexta-feira, 25 de março de 2011

Campeonato Espanhol pode parar por causa de greve

Se engana que é só Brasil que os direitos televisivos causam briga. Na Espanha a TV também está causando uma guerra entre os clubes e a Liga de Futebol Profissional (LFP), entidade que organiza o campeonato, e o que é pior, pode até causar uma paralisação no campeonato espanhol.

A greve está para a rodada do final de semana dos dias 2 e 3 de abril, porém ainda depende da adesão de alguns clubes para o movimento ser oficializado. O grupo dos dissidentes é formado por Athletic Bilbao, Espanyol, Real Sociedad, Sevilla, Villareal e Zaragoza.

O presidente do Sevilla justificou sua postura em entrevista coletiva: “Não é justo que o torcedor pague por uma disputa que não tem relação com ele”, disse José María del Nido.

Em uma reunião realizada na própria LFP, estas equipes chegaram a acionar a justiça, pedindo o impedimento da greve.

A guerra que culminou com a imposição de greve por parte de LFP se dá por três motivos: os clubes querem restringir o direito de uso de imagens do futebol nacional em veículos jornalísticos, exigem uma participação na lei que destina ao esporte uma parte da arrecadação local com loterias e apostas e querem acabar com uma regra que permite à TV pública a exibição gratuita de um jogo por rodada do Campeonato Espanhol.

Essa regulamentação, tema mais polêmico do requerimento feito pela LFP, está na Lei Geral de Comunicação Audiovisual, de 31 de março do ano passado. Atualmente, o jogo exibido em TV aberta é o que acontece às 22h dos sábados.

A análise da liga é que esse modelo de exibição em TV aberta limita o faturamento dos clubes com a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Espanhol. “Faz um ano que a lei foi aprovada, e nenhum clube se opôs naquela época. Os times estão em uma situação complicada, devem 694 milhões de euros para a Fazenda, e eu nem estou falando dos dados dos Seguros Sociais”, criticou Jaime Lissavetzky, secretário de Esporte do país europeu.

Quanto ao repasse das loterias, a LFP tem direito a 10% atualmente e pleiteia uma fatia maior. Também existe uma polêmica sobre a Lei do Jogo, que recolherá parte do dinheiro movimentado na Espanha até com apostas virtuais. Os clubes exigem ao menos 2% do que for arrecadado.

No caso da restrição à informação, a lógica é a mesma da presença do futebol em TV aberta. A LFP acredita que, como não há restrição de tempo na exibição de imagens e melhores momentos, a liga deixa de lucrar com a venda desses trechos.

Há 13 defensores da greve, sete contrários ao movimento e um clube (o Málaga) que ainda não se posicionou oficialmente.

Fonte: Máquina do Esporte