sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fornecedor de material esportivo: uma grande receita

Por: Frederico Carvalho Lopes

As marcas de material esportivo têm nos esportistas seus grandes marqueteiros. Mas um outro meio muito disputado são os clubes. Me lembro de uma época não muito distante que o Botafogo era patrocinado pela Finta e recebia em troca os materiais esportivos (uniformes, bolas, bolsas, etc). Dinheiro? Não, não era comum! O dinheiro vinha do patrocinador.

Hoje os clubes arrecadam fortunas com seus fornecedores de materiais esportivo. Lógico que algumas marcas aparecem como as grandes detentoras do mercado: Nike e Adidas. Não entraremos na questão de marcas de um mesmo grupo (Adidas e Reebok, por exemplo), aqui cada marca será tratada como independente.

O Besiktas e o Bayern de Munique acabaram de renovar seus patrocínios com a multinacional famosa por suas 3 listras numa disparidade que é explicada pelo simples motivo de que o clube alemão atrai muito mais mídia que o turco. Os contratos são de €25 milhões ano (Bayern) e €740 mil/ano (Besiktas, vale ressaltar que o clube vendeu 185 mil camisas no último ano, um recorde).

Uma das trocas de fornecedor que mais rendeu assunto foi quando o Manchester United se desfez da Umbro (vale lembrar que a fábrica inglesa tem sede na cidade de Manchester) para fechar com a Nike. Hoje o clube arrecada €33,6 milhões/ano e seu grande rival, que se mantém fiel à empresa da sua cidade (até quando?), apenas €3 milhões/ano. O City arrecada bem menos que Ajax (Adidas - €7 milhões/ano), Celtic (Nike - €5,8 milhões/ano), PSV (Nike - €5,5 milhões/ano), Lyon (Adidas - €5 milhões/ano); mas esse valor deve crescer substancialmente nos próximos anos devido ao grande “up” pelo qual City vem passando.

No Brasil a concorrência também é grande e fez com que o Flamengo passasse a ser fornecido pela Olympikus, abandonando a poderosa Nike. E parece que fez bem, a OLK “bancou” o imperador Adriano e o rubro-negro tem uma receita de R$20,6/ano, no maior contrato do gênero do Brasil. Para efeito de comparação: Fluminense (Adidas – R$8 milhões/ano), São Paulo (Reebok – R$15 milhões/ano), Palmeiras (Adidas – R$13 milhões/ano) e Corinthians (Nike – R$15 milhões/ano)

Os contratos contém cláusulas de receitas extras nas vendas de camisas, construções de lojas, etc... Em alguns clubes é comum que a receita vinda dos fornecedores sejam maiores que as do patrocinador!

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