Por Eduardo Mello
“Luta do Século”, “Duelo de Titãs”, “Maior confronto de todos os Tempos”, estas são apenas algumas das expressões usadas para o embate entre Anderson Silva e Vitor Belfort, que acontece no próximo dia 05/02, no UFC 126, em Las Vegas (madrugada do dia 06/02 no Brasil, com transmissão pelo Combate).
A expectativa para o dia da luta é de quebra de recordes de público no ginásio, expectadores pelo mundo e, é claro, arrecadação. Apenas uma noite de evento pode render mais de 70 milhões de reais. O preço dos ingressos varia de 125 a 1.250 reais, 130 países exibem o campeonato em 20 línguas e há pelo menos 1 milhão de assinantes em pay per view pelo planeta. A marca UFC foi avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, segundo a revista Fortune, e Anderson, aos 35 anos, é o maior nome neste momento. Belfort não fica atrás quando o assunto é popularidade. Chamado de “O Fenômeno”, o lutador já abandonou o MMA por duas vezes, lutou boxe foi acusado de uso de doping, (fato nunca provado) mas retornou no ano passado para a categoria com uma vitória por KO. A expectativa para o confronto entre os brasileiros era enorme, mas uma contusão de Belfort adiou os planos. Nunca um postulante à conquista do cinturão ficou tanto tempo afastado dos tatames.
A verdade é que, desde a época dos irmãos Gracie, uma luta não empolgava tanto os brasileiros, e o mercado não virou a cara para isso.
A expectativa para o dia da luta é de quebra de recordes de público no ginásio, expectadores pelo mundo e, é claro, arrecadação. Apenas uma noite de evento pode render mais de 70 milhões de reais. O preço dos ingressos varia de 125 a 1.250 reais, 130 países exibem o campeonato em 20 línguas e há pelo menos 1 milhão de assinantes em pay per view pelo planeta. A marca UFC foi avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, segundo a revista Fortune, e Anderson, aos 35 anos, é o maior nome neste momento. Belfort não fica atrás quando o assunto é popularidade. Chamado de “O Fenômeno”, o lutador já abandonou o MMA por duas vezes, lutou boxe foi acusado de uso de doping, (fato nunca provado) mas retornou no ano passado para a categoria com uma vitória por KO. A expectativa para o confronto entre os brasileiros era enorme, mas uma contusão de Belfort adiou os planos. Nunca um postulante à conquista do cinturão ficou tanto tempo afastado dos tatames.
A verdade é que, desde a época dos irmãos Gracie, uma luta não empolgava tanto os brasileiros, e o mercado não virou a cara para isso.
Aproveitando toda repercussão do evento, a empresa 9ine entra no mercado para promover o lutador Anderson Silva (chamado de The Spider). A empresa tem como um de seus principais sócios o jogador de futebol Ronaldo (coincidentemente apelidado de Fenômeno) e que já chega com um patrocínio beirando os 170 mil reais da Bozzanno e da Hypermarcas (mesma marca que estampa a camisa do Corinthians, clube onde joga o atacante). As concidências não param por aí, o empresário de Belfort é Fabiano Farah, o mesmo que gerencia a carreira de Ronaldo e que agora irá gerenciar a carreira de Anderson Silva. Um pouco estranho, mas não para o camisa 9 corintiano. “A 9ine tem um conceito de exclusividade, o que significa trabalhar apenas com poucos atletas e marcas, todos de ponta. Esse é o caso do Anderson Silva, um dos maiores competidores de MMA do mundo”, revelou Ronaldo ao site adNews.
Belfort é patrocinado há algum tempo pelo banco BMG e até agora não apresentou nenhum outro patrocinador exclusivamente para a luta.
Apesar da notícia poder ser considerada boa para o esporte no Brasil, no mundo do UFC o aporte de patrocínio para os atletas de ponta brasileiros ainda é insignificante.
Antes da luta na qual defendeu seu cinturão de ouro contra o norte-americano Chael Sonnen no UFC 117, Anderson Silva foi desdenhado pelo adversário, com declarações que ridicularizavam a valorização dada ao esporte em terras tupiniquins: "O Anderson Silva tem vários recordes, é o atual campeão, tem fama. Você olha para ele e vê quase nenhum patrocínio e muita vaia da torcida nas últimas lutas", afirmou o atleta americano, que ainda acrescentou "Agora você olha para mim, que ainda nem tenho título, sou um cara com fãs, com muito patrocínio e com muito menos fama."
O próprio lutador admitiu, em entrevista ao jornal "O Globo", que carece de aportes: "No Brasil, cansei de levar meu currículo e dizerem que não tenho perfil", disse o atleta, "Não tenho patrocínios daqui até hoje", completou Silva. Apesar das palavras de Sonnen, Anderson Silva, que lutou contrariando ordens médicas pois estava com uma costela quebrada, venceu em 4 rouns e meio com uma finalização em triângulo, mantendo seu cinturão e conquistando mais dois prêmios, o de Melhor Finalização e Luta da Noite.
A madrugada do dia 06/02 promete para os fãs do esporte. E esperamos que as empresas comecem a notar o potencial desta modalidade que, mesmo tendo seus críticos, é inegavelmente um filão a ser explorado pelas marcas, como já mostramos aqui no blog. Um outro detalhe imporante que deve ser ressaltado é que o Brasil nunca teve duas das maiores estrelas de um esporte individual. Já tivemos Senna, Guga, Cielo, (ainda um campeão em atividade) mas seus grandes rivais sempre foram estrangeiros.
2 comentários:
Relamente é uma falta de visão enorme das grandes empresas que perdem um filão como estes. O MMA é um dos maiores sucessos de audiencia e atrai todo tipo de publico do mais simples ao mais exigente. Infelizmente o Brasil ainda esta muito atrasado em muitos aspectos e um dever das grandes empresas é nao deixar oportunidades como esta cairem na mao de patrocinadores extrangeiros , ja que somos a maior produtora de grandes talentos no mundo da luta. Realmente é uma pena.
Um absurdo a falta de apoio que as empresas dão aos lutadores brasileiros. Somos os melhores do mundo e o mundo todo reconhece isso, mas por aqui somos vistos como brigões e marginais. UM ABSURDO.
Postar um comentário