Por: Eduardo Mello
Ontem (06/02) aconteceu no Texas a 45ª edição do Super Bowl, a partida foi vencida pelo Green Bay Packers após 14 anos de sua última conquista (a equipe conquistou dois Super Bowls da época AFL-NFL – 66 e 67, e um após a unificação das ligas). Os verdes venceram o Pittsburgh Steeles por 31 a 25. Mas o nosso assunto aqui não é o show de Aaron Rodgers durante a partida e sim o universo econômico e de marketing que a final do futebol americano envolve.
Considerado o evento esportivo com o espaço de mídia mais caro do planeta, com um comercial de 30 segundos, custando a bagatela de 3 milhões de dólares. Mas isso não assusta as grandes marcas, que confiam no potencial atingido pelo evento. A final do ano passado entre New Orleans Saints e Indianapolis Colts (disputada em New Orleans após o furacão Catrina, e vencida pelos Saints) foi vista ao vivo por mais de 106 milhões de telespectadores apenas nos Estados Unidos. A previsão da NFL e Fox é que o jogo este ano chegue a marca de 171 milhões no mercado americano e 300 milhões de espectadores no mercado mundial. Com este retorno previsto, 70% das cotas de patrocínio já havia sido vendidas em setembro de 2009, um ano e meio antes da grande data, e em outubro de 2010 os outros 30% já haviam se esgotado.
Mas não é só de comerciais que vivem aqueles que rodeiam o evento. Existe uma fervorosa disputa para ser o palco da final (que é escolhido com antecedência). Este ano a cidade premiada foi Dallas, e quando digo cidade, não estou exagerando, todos lucram com o evento. O estádio, Cowboys Stadium foi construído a um custo de 1,2 bilhão de dólares e pode ser utilizado para outros eventos, além de facilitar a conquista de novos patrocinadores para o time da cidade, o Dallas Cowboys. “Esse estádio é uma obra de arte. Eu diria que é um Rembrant porque Rembrant era um pintor inovador. Você precisa ter muita visão para construir algo assim”, enalteceu Frank Supovitz, vice-presidente da NFL para eventos especiais, em entrevista coletiva.
Outra atividade distante da bola oval e que viu suas vendas alavancadas pelo Super Bowl foram as roupas. Em Pittsburgh, fabricantes de camisetas contrataram funcionários especificamente para esse período do ano e estabeleceram turnos de até 36 horas em suas estamparias. De acordo com o Instituto Especializado em Publicidade (ASI, na sigla em inglês), ao menos 30 mil peças foram feitas com imagens impressas a partir de fotografias das telas de televisores.
A projeção da NFL é que duas mil jaquetas oficiais do Super Bowl sejam comercializadas imediatamente após o jogo. Esses produtos são oficiais da liga, confeccionados pela Reebok. “É algo grandioso para a nossa indústria”, resumiu Joe Durand, vice-presidente da Larlu, confecção que integra a ASI, em entrevista ao “Cypress Times”.
Até mesmo a previsão de consumo de pizzas durante o jogo é calculada. A expectativa era que os americanos consumissem um milhão de pizzas na hora do Super Bowl e a Papa John’s (que tem a parceria com a NFL) deve responder por 26 mil unidades. Estima-se que o gasto em alimentação vinculado ao jogo seja de cinco milhões de dólares.
No Brasil, o evento teve transmissão da Bandsports que não passou os famosos, e esperados, comerciais, que acabam sendo uma atração à parte. E as marcas estão tão ligadas no retorno do publico a suas peças que montaram uma forma de medir sua audiência pelo twitter. O Brand Bowl é um aplicativo que mediu as menções dos tuiteiros sobre os patrocinadores durante o Super Bowl, e quem levou o prêmio foi a Volkswagen com seu pequeno Darth Vader.
Outra atividade distante da bola oval e que viu suas vendas alavancadas pelo Super Bowl foram as roupas. Em Pittsburgh, fabricantes de camisetas contrataram funcionários especificamente para esse período do ano e estabeleceram turnos de até 36 horas em suas estamparias. De acordo com o Instituto Especializado em Publicidade (ASI, na sigla em inglês), ao menos 30 mil peças foram feitas com imagens impressas a partir de fotografias das telas de televisores.
A projeção da NFL é que duas mil jaquetas oficiais do Super Bowl sejam comercializadas imediatamente após o jogo. Esses produtos são oficiais da liga, confeccionados pela Reebok. “É algo grandioso para a nossa indústria”, resumiu Joe Durand, vice-presidente da Larlu, confecção que integra a ASI, em entrevista ao “Cypress Times”.
Até mesmo a previsão de consumo de pizzas durante o jogo é calculada. A expectativa era que os americanos consumissem um milhão de pizzas na hora do Super Bowl e a Papa John’s (que tem a parceria com a NFL) deve responder por 26 mil unidades. Estima-se que o gasto em alimentação vinculado ao jogo seja de cinco milhões de dólares.
No Brasil, o evento teve transmissão da Bandsports que não passou os famosos, e esperados, comerciais, que acabam sendo uma atração à parte. E as marcas estão tão ligadas no retorno do publico a suas peças que montaram uma forma de medir sua audiência pelo twitter. O Brand Bowl é um aplicativo que mediu as menções dos tuiteiros sobre os patrocinadores durante o Super Bowl, e quem levou o prêmio foi a Volkswagen com seu pequeno Darth Vader.
Para assistir aos comerciais que passaram no Super Bowl existe um canal oficial que pode ser visto aqui . Assista e veja se algum supera o meu favorito. O da Budweiser em 1995.
2 comentários:
Edu,
Boa tarde.
É incrível a grandiosidade desse evento.
Cada vez que utilizamos o Super Bowl como referência, é como alguém apontando a quantidade absurda de falhas dos eventos que frequentamos no Brasil. Apesar de ser uma comparação desproporcional, essa quantidade de "defeitos" que conseguimos ver, não tem que nos desanimar, mas sim motivar o desenvolvimento e a evolução dos nossos "projetos".
Ex: Você comentou do planejamento que há até para o consumo de alimentos, vendas de materiais oficiais após o jogo, toda a ansiedade das empresas e apaixonados por marketing para as propagandas geniais... Enquanto isso, aqui no Brasil, já cansei de presenciar jogos de futebol nos quais o clube havia vendido boa parte dos tickets com uma semana de antecedência e era uma desorganização total na entrada, com guichês e policias para a revista insuficientes para a demanda, que já era prevista. Sem contar os serviços caros e de baixa qualidade que são oferecidos nas praças desportivas...Entretanto, tenho percebido certa evolução...
Quando estabeleço essas relações, me chateio enquanto consumidor do esporte, mas meus olhos brilham por saber que temos um diamante nas mãos: o mercado esportivo no Brasil, que a cada dia recebe profissionais mais qualificados e corre contra o tempo para preparar o país e maximizar os resultados.
Forte abraço e parabéns pelo post.
Camisa 9ine
http://twitter.com/camisa9ine
http://camisa9ine.wordpress.com
Parabéns Edu, ótimo post!
Realmente o mercado americano nos dá uma aula de como fazer grandes eventos, de como utilizar o marketing esportivo para associar e vender produtos e serviços e promover o esporte. Coisas de um mercado maduro.
Como o camisa 9 disse, temos um diamante bruto nas mãos, cabe a nós lapida-lo, temos muito por fazer, mãos a obra!
Contem conosco no que pudermos ajudar, já o estamos seguindo no Twitter (@LUCZconsultoria), compartilhe, participe, divirta-se!
Abrs e sucesso!
LUCZ consultoria em esporte.
Postar um comentário