Por: Eduardo Mello
Fui surpreendido hoje com uma declaração do conselheiro do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, afirmando que a má fase do futebol do clube tem como aspecto positivo desmistificar a excelência do departamento de marketing do Tricolor Paulista. Disse ele: "Não tem milagre. O marketing surfa no suor do futebol. No São Paulo como em qualquer clube, o que vende é ídolo e resultado". A frase, muito bem dita, deve ser analisada sob vários aspectos.
Marco Aurélio Cunha, médico por formação, é um dos melhores dirigentes esportivos do nosso país e entende como usar a ferramenta marketing dentro do esporte como poucos.
A coragem do dirigente de expor seu sentimento mostra a mecânica exata do sucesso recente do clube, que foi tricampeão brasileiro e modelo para outros clubes no Brasil. Mas parece que o São Paulo de hoje esqueceu como as coisas funcionam. Em uma analogia à frase dita por seu dirigente, falta uma prancha de surfe e, sem ela, o clube se perde em um oceano de oportunidades.
Lembro de uma outra declaração de Cunha, esta feita em 22 de dezembro de 2010, quando o São Paulo convidou David Beckham para atuar pela equipe paulista. "Essas figuras que trazem grande retorno de marketing estão acabando. O Beckham tem compromissos mundiais e está fora de cogitação. Poderia até fazer uma participação esporádica aqui, mas é complexo demais. Só que, se você não tentar, as coisas não acontecem. Foi assim que fizemos com Adriano e Ricardo Oliveira quando os trouxemos para se tratarem no Reffis. Mesmo que sejam sonhos, uma tentativa de observar é totalmente válida", disse o dirigente.
Naquela época, já era possível ver um certo desespero na busca por um ídolo. As jovens revelações como Lucas e Casemiro, ainda têm muito para mostrar e Rogério Ceni é um assunto a ser tratado mais à frente. Acabou sobrando para o pobre Mogi Mirim, que perdeu seu recém empossado presidente Rivaldo, para ser o novo camisa 10 e ídolo do Tricolor.
Mas, e Rogério Ceni? O camisa 1 se aproxima de uma marca histórica e incrível. O centésimo gol, um feito inacreditável para um goleiro. Uma oportunidade única do marketing faturar, e faturar alto. O feito pode ser comparado com o milésimo gol de Romário (comparar com Pelé é sacrilégio) e todo esforço deve ser feito para lucrar com a oportunidade, ou para "surfar esta onda", seguindo a analogia de Cunha.
Onde estão os patrocínios pontuais, a linha especial de produtos, as camisas do goleiro com o número 100 nas costas e até uma edição especial com o trocadilho CENi? Faltam apenas 3 gols (ou 5, segundo a Fifa) e o site oficial do clube não destaca isso. Pior: a loja on-line não tem nada diferente do goleiro para vender. Este não parece o São Paulo de Marco Aurélio Cunha, que sempre mereceu admiração.
Hoje o marketing faz parte do oceano feito com o suor do futebol. Com ídolos e bons jogadores, os resultados surgem. Com estes resultados é possivel fazer campanhas publicitárias e gerar dinheiro. Assim se investe em novos ídolos e jogadores, desta forma o clube segue. Como uma onda.
Marco Aurélio Cunha, médico por formação, é um dos melhores dirigentes esportivos do nosso país e entende como usar a ferramenta marketing dentro do esporte como poucos.
A coragem do dirigente de expor seu sentimento mostra a mecânica exata do sucesso recente do clube, que foi tricampeão brasileiro e modelo para outros clubes no Brasil. Mas parece que o São Paulo de hoje esqueceu como as coisas funcionam. Em uma analogia à frase dita por seu dirigente, falta uma prancha de surfe e, sem ela, o clube se perde em um oceano de oportunidades.
Lembro de uma outra declaração de Cunha, esta feita em 22 de dezembro de 2010, quando o São Paulo convidou David Beckham para atuar pela equipe paulista. "Essas figuras que trazem grande retorno de marketing estão acabando. O Beckham tem compromissos mundiais e está fora de cogitação. Poderia até fazer uma participação esporádica aqui, mas é complexo demais. Só que, se você não tentar, as coisas não acontecem. Foi assim que fizemos com Adriano e Ricardo Oliveira quando os trouxemos para se tratarem no Reffis. Mesmo que sejam sonhos, uma tentativa de observar é totalmente válida", disse o dirigente.
Naquela época, já era possível ver um certo desespero na busca por um ídolo. As jovens revelações como Lucas e Casemiro, ainda têm muito para mostrar e Rogério Ceni é um assunto a ser tratado mais à frente. Acabou sobrando para o pobre Mogi Mirim, que perdeu seu recém empossado presidente Rivaldo, para ser o novo camisa 10 e ídolo do Tricolor.
Mas, e Rogério Ceni? O camisa 1 se aproxima de uma marca histórica e incrível. O centésimo gol, um feito inacreditável para um goleiro. Uma oportunidade única do marketing faturar, e faturar alto. O feito pode ser comparado com o milésimo gol de Romário (comparar com Pelé é sacrilégio) e todo esforço deve ser feito para lucrar com a oportunidade, ou para "surfar esta onda", seguindo a analogia de Cunha.
Onde estão os patrocínios pontuais, a linha especial de produtos, as camisas do goleiro com o número 100 nas costas e até uma edição especial com o trocadilho CENi? Faltam apenas 3 gols (ou 5, segundo a Fifa) e o site oficial do clube não destaca isso. Pior: a loja on-line não tem nada diferente do goleiro para vender. Este não parece o São Paulo de Marco Aurélio Cunha, que sempre mereceu admiração.
Hoje o marketing faz parte do oceano feito com o suor do futebol. Com ídolos e bons jogadores, os resultados surgem. Com estes resultados é possivel fazer campanhas publicitárias e gerar dinheiro. Assim se investe em novos ídolos e jogadores, desta forma o clube segue. Como uma onda.
1 comentários:
Comentário feito por Marco Aurélio Cunha no Twitter: Fiquei sensibilizado com a compreensão do meu comentário. Não foi crítica ao mkt do SPFC, mas uma reflexão sobre o mkt esportivo.
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