sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Duracell acende estrela do Flamengo, mas time não brilha em campo

Quando entrou em campo para enfrentar o Figueirense pela 36ª rodada do Brasileirão, o Flamengo brilhou, mas não no futebol jogado (empate por 0 a 0), e sim graças a uma ação de marketing da Duracell que comemorou os 30 anos da conquista do Mundial de Clubes no Japão.

A campanha, idealizada pela 9ine (empresa de marketing esportivo de Ronaldo), resolveu acender a estrela que fica acima do escudo no uniforme e representa a maior conquista do clube em sua hostória. Um teaser da açao já havia sido divulgado no canal oficial da Duracell no Youtube e nas redes sociais.

O teaser divulgado pela empresa conta com algumas personalidades ligadas ao Rubro-Negro como: os cantores Sandra de Sá e Tony Garrido, além dos jogadores Nunes e Adílio – heróis da conquista de 1981 – Thomas e Léo Moura. O vídeo conta também com relatos e gritos apaixonados da torcida, o grande patrimônio do clube.



Para o diretor de marketing da marca, Thiago Icassati, a ação representa mais do que um registro comemorativo, mas principalmente uma oportunidade de destacar a importância dessa conquista para os flamenguistas.

“Foi um momento único na história do Clube, eternizado na memória dos torcedores. Estamos orgulhosos em poder resgatá-lo aliado ao conceito de Duracell, Momentos que duram mais”, afirma Icassati.

Infelizmente para o Flamengo, a estrela da Duracell brilhou, mas o time teve atuação pífia na partida e saiu de campo sob vaias de sua torcida após um empate sem graça contra o Figueirense por 0 a 0, em que seus craque não brilharam. Inclusive com o time catarinense perdendo um pênalti.

Uma curiosidade: Na estrada do time em campo a estrela do principal jogador do clube, Ronaldinho Gaúcho, parecia não estar brilhando. Seria um prenuncio do que iria acontecer durante o jogo?

Confira o vídeo da entrada do time em campo:


Atualizando: O Flamengo revelou que todos os jogadores do Flamengo entraram em campo com duas camisas, uma com o dispositivo da Duracell e outra de jogo. O único que não participou da ação foi exatemante a maior estrela do time, Ronaldinho Gaúcho.

Segundo matéria do site globoesporte.com, o vice de marketing do clube, Henrique Brandão, não soube explicar o motivo do craque não usar a camisa especial. Ele ainda afirmou que a empresa Procter & Gamble (dona da marca Duracell) não pagou nenhum valor adicional pela ação.

"É a nossa patrocinadora principal e esta foi uma ação pontual. Está dentro do nosso contrato. Talvez ninguém tenha orientado o Ronaldo a usar a camisa e a acender a estrela. Mas o importante foi que o time usou", disse, após o jogo.

Porém os executivos da P&G não gostaram da situação. Vindos de São Paulo num jatinho particular, aguardaram com ansiedade a entrada do time em campo e se surpreenderam ao ver o principal jogador do Flamengo sem a camisa especial. Detalhe: eles pretendiam oferecer um contrato pessoal para que Ronaldinho virasse garoto-propaganda da marca Gillette. Inconformados, acabaram desistindo.

O GLOBOESPORTE.COM apurou que o Gaúcho não participou da ação por conta de seus compromissos com patrocinadores pessoais e da relação com a Traffic. O acerto com o anunciante master não passou pela empresa de marketing esportivo, parceira do Flamengo na contratação do atacante. Foi a agência 9ine, que tem Ronaldo Fenômeno como um dos sócios, que intermediou o negócio de R$ 6,6 milhões por quatro meses. Do valor total, 15% ficaram para a empresa do ex-corintiano – o vínculo termina em 31 de dezembro deste ano. No jogo, Ronaldinho não foi bem e saiu vaiado. Nas estatísticas, foi "destaque" apenas nas faltas cometidas: 5 no total.


Segundo a matéria do site o uso da camisa gerou polêmica desde sua proposta inicial.
A ação funcionou, mas gerou polêmica nos bastidores. Ao longo da semana, o gerente de futebol Isaías Tinoco tentou vetar a ideia. Ele alegou que não seria o momento ideal para algo do tipo, já que a equipe entrou em campo pressionada pela necessidade de vitória para voltar à zona de classificação da Libertadores - o jogo contra o Figueira terminou sem gols.

Outro problema: a camisa especial trazia a marca Duracell no peito, mas a mudança no uniforme sequer passou pela avaliação do Conselho Deliberativo do clube.

Além da decisão de Ronaldinho, os parceiros do Flamengo não gostaram do tratamento que receberam no Engenhão. Marcus Buaiz, um dos sócios da 9ine, e Thiago Icassati, diretor de marketing da Duracell, deixaram o estádio contrariados 20 minutos antes do fim da partida. Muito irritados, reclamaram da postura do clube, que só decidiu usar as camisas com a lâmpada momentos antes de a equipe entrar no campo.

A dupla veio ao Rio para assistir ao jogo no camarote da presidente Patricia Amorim, mas ficou, em pé, no mesmo local dos jogadores não relacionados. A convite de alguns funcionários do clube, eles se acomodaram. Enquanto isso, o vice de marketing Henrique Brandão e o coordenador Cláudio Fontenelle comiam croquetes no local sem perceber a insatisfação dos convidados. Segundo relatos de quem circulava por ali, Marcus Buaiz fez uma ligação, desabafou em voz alta e deu a entender que a parceria corre o risco de não se repetir na próxima temporada.

"Acabou, chega. É uma palhaçada. Estamos fora. Ano que vem, estamos fora".

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