quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os 4P´s do marketing esportivo

Por: Eduardo Mello

Vamos falar sobre um princípio básico do marketing ligado ao esporte, o uso dos 4P´s. Com certeza este é o conceito mais famoso e consistente da matéria, inclusive é considerado por muitos professores como a base do marketing, mas no mundo esportivo de hoje, onde um atleta é considerado muitas vezes como um produto, como podemos aplicar os 4P´s?


P de Produto:
Este talvez seja o de mais simples definição. O atleta em questão terá que ter uma visão clara e sincera de suas qualidades e defeitos, não que exponha para o público esta avaliação, mas ela deve ser clara para si próprio. Tendo esta visão ele já sabe quais são seus diferenciais positivos que podem encantar o publico alvo e são nestes pontos que ele deve planejar e investir sua própria imagem. Conforme esta imagem cresce toda atitude realizada pelo atleta deve ser pensada, tanto dentro do meio esportivo quanto fora dele, pois um erro estratégico pode prejudicar sua imagem como produto.

P de Preço:
Com a imagem do atleta definida é hora de saber como vendê-la. E é nestas horas que surgem perguntas como: É vantajoso para os anunciantes apostar na imagem desse atleta? Quando posso cobrar pela minha imagem? Posso associar minha imagem a qualquer produto?
O que responde a estas perguntas são os resultados do atleta, sua contunda no esporte e, é claro, sua postura fora das arenas esportivas. Veja o exemplo do golfista Tiger Woods, considerado um dos maiores do mundo. Sua carreira de campeão era perfeita, conquistando os mais importantes títulos dentro do esporte, era um negro dominando uma modalidade onde a maioria dos competidores são brancos e conquistou o respeito e idolatria de todos. Fora do campo, casado, fiel, pai de família e bilionário graças ao esporte. Woods era a imagem que toda empresa queria para se associar, até que os jornais descobriram que o golfista era infiel em seu casamento e a repercussão do caso abalou sua imagem de tal forma que seus principais patrocinadores o abandonaram, seu nível de jogo despencou (ele até abandonou a carreira por um tempo), sua imagem sofreu um abalo irreverssível, e por conseguinte, seu preço baixou consideravelmente.

P de Praça:
Talvez a parte que mais confunda as pessoas na hora de se adaptar as regras do marketing ao mundo do esporte. Praça não é arena esportiva. Um jogador de futebol não escolhe o campo como praça, isso faz parte dele da mesma forma que a piscina do nadador. Praça aqui é o meio que viabiliza o negócio do atleta com as entidades que ele irá representar, sejam os clubes ou os patrocinadores, ou seja, são os agentes, e esta escolha pode ser vital para o futuro do atleta. É importante que um profissíonal de alto nível tenha uma empresa de marketing esportivo competente e que conheça bem o mercado para poder negociar sua imagem.

P de Promoção:
Para um atleta, promoção não funciona como para um produto e depende vitalmente dos três fatores debatidos acima. Tudo que possa atrair a mídia positivamente fora das arenas esportivas é considerado uma promoção. Jogos de futebol, tênis e outros esportes para arrecadar fundos para necessitados são campeões neste quesito. Mas vários atletas também fazem campanhas solos, como o inusitado vídeo realizado pelo jogador de futebol David Beckham, em 2010, com ele interpretando um homossexual. A campanha teve o objetivo de arrecadar fundos para países que sofrem com a pobreza extrema.



1 comentários:

Parabéns pelo seu trabalho. Sou estudante de publicidade e vou utilizar estas informações em um trabalho.

Obrigada.