quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Compra coletiva: bom para uns, ruim para outros

O Botafogo-SP resolveu aproveitar a moda das compras coletivas e vender pacotes para as partidas de seu time na internet. O sucesso foi grande e agradou os dirigentes do clube. Mesma sorte não tiveram São Paulo, Sport e Náutico, que apostaram em estratégias semelhantes e não se contentaram com o resultado.
O Botafogo de Ribeirão Preto apostou na venda casada de três ingressos com uma camisa oficial do clube por R$ 125 (desconto de 50%) em parceria com o site quero2. Ao final da promoção, foram vendidos 261 pacotes e o time conseguiu arrecadar cerca de R$ 32,6 mil (sem descontar a parcela, repassada ao site).
O departamento de marketing do clube ficou tão empolgado com a promoção que já tem novos planos para o futuro. "Teremos 261 torcedores já com a nova camisa do clube nos próximos jogos", disse Lucas Oliveira, funcionário do departamento de marketing do clube, que também revelou  que a iniciativa deve se repetir para mais seis jogos, ou seja, mais duas promoções na internet.
Porém, outro tricolor não teve o mesmo resultado da equipe de Ribeirão Preto. O poderoso São Paulo fez uma promoção em parceria com o site clickon oferecendo um pacote para dez partidas da equipe no Campeonato Paulista com desconto de 67%. Porém a torcida não se empolgou e somente 305 pacotes foram vendidos, gerando uma receita de cerca de R$ 30 mil, o que, para o porte do clube, foi considerado baixo, levando-se em conta que apenas na partida contra a Ponte Preta (pela 3ª rodada do Campeonato Paulista), o montante lucrado ultrapassa  os R$ 188 mil.
Em Pernambuco, os rivais Sport e Náutico travaram um duelo on-line com as vendas coletivas, mas os resultados mostraram que os dois foram derrotados.
O Náutico fez uma parceria com o site ogentefina, oferecendo um pacote para 10 jogos do Timbu no Campeonato Pernambucano (arquibancada central de seu estádio – Aflitos) com 50% de desconto. Enquanto o Sport, por meio do offshop, ofereceu pacote para todos os jogos do Rubro-negro na primeira fase do estadual em seu estádio (Ilha do Retiro)  com 50% de desconto.
O primeiro vendeu 122 pacotes e obteve um lucro de R$ 12 mil enquanto o segundo comercializou 100 pacotes com um retorno de R$ 11 mil.
Segundo Fábio Malesa, diretor de relacionamento do Náutico, "A torcida do Náutico gosta mais do Brasileiro do que do Pernambucano, e já temos programa com governo, que troca notas fiscais por ingressos no Pernambucano".
Já Sid Vasconcelos, diretor de marketing do Sport,  aponta a falta de divulgação para justificar o fracasso, mas vê pontos positivos na iniciativa. "É muito interessante porque antecipa e garante receita", "Mas nós iremos divulgar melhor, porque muitas pessoas não souberam a tempo".

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