Confira os bastidores da queda de Mano Menezes

Reuniões secretas, pressões externas e pouca identificação com a torcida fazem patrocinadores agirem

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nike ainda aposta em Tiger Woods

O golfista Tiger Woods encerrou na última semana uma viagem por países asiáticos. Ele viajou a fim de promover a nova linha de produtos da Nike para a modalidade, e essa excursão se tornou um trunfo da empresa de material esportivo para defender um de seus principais patrocinados.

“As pessoas realmente admiram a condição atlética dele. Tiger Woods é a personalidade que melhor representa nossos produtos do segmento, e ter um atleta desse porte nos dá um retorno enorme”, disse Cindy Davis, diretora da companhia para o golfe, à agência “Reuters”.

Em 2009, Woods envolveu-se em um grande escândalo por conta de relações extraconjugais. A vida pessoal do norte-americano passou a estampar veículos que anteriormente se ocupavam com o desempenho dele, e isso causou um prejuízo para a imagem do golfista.

Accenture, AT&T e Pepsi decidiram, em função da celeuma, encerrar seus patrocínios ao golfista. Além disso, Procter & Gamble e a revista Golf Digest decidiram não renovar seus contratos com ele.

A fuga de patrocinadores foi acompanhada por uma queda de rendimento. Em 2010, a despeito de ter se mantido no topo dos golfistas mais bem pagos do mundo, Woods teve uma redução de faturamento em torno de US$ 48 milhões.

O índice David Brown, que tenta medir a capacidade que personalidades têm para influenciar as pessoas, derrubou Woods da 96ª para a 2.586ª colocação em âmbito mundial. No meio desse processo, a Nike foi a patrocinadora que defendeu o atleta com maior ênfase.

“Nunca tivemos dúvida sobre estar com ele. Creio que a nossa decisão foi correta”, completou Davis.

Nesta mesma semana a EA divulgou a capa de sua franquia de jogos de golfe, e pela primeira vez Woods não estampa o game. O nome do golfista aparece somente no título "Tiger Woods PGA Tour 12".

Nesse caso, John Riccitiello - chefe da EA - comentou que não é por decisão única e exclusiva da EA, mas sim, e também, de Tiger Woods. Em comentários anteriores John revelou que os acontecidos da vida pessoal do atleta não iriam afetar seus negócios com a empresa.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os 4P´s do marketing esportivo

Por: Eduardo Mello

Vamos falar sobre um princípio básico do marketing ligado ao esporte, o uso dos 4P´s. Com certeza este é o conceito mais famoso e consistente da matéria, inclusive é considerado por muitos professores como a base do marketing, mas no mundo esportivo de hoje, onde um atleta é considerado muitas vezes como um produto, como podemos aplicar os 4P´s?


P de Produto:
Este talvez seja o de mais simples definição. O atleta em questão terá que ter uma visão clara e sincera de suas qualidades e defeitos, não que exponha para o público esta avaliação, mas ela deve ser clara para si próprio. Tendo esta visão ele já sabe quais são seus diferenciais positivos que podem encantar o publico alvo e são nestes pontos que ele deve planejar e investir sua própria imagem. Conforme esta imagem cresce toda atitude realizada pelo atleta deve ser pensada, tanto dentro do meio esportivo quanto fora dele, pois um erro estratégico pode prejudicar sua imagem como produto.

P de Preço:
Com a imagem do atleta definida é hora de saber como vendê-la. E é nestas horas que surgem perguntas como: É vantajoso para os anunciantes apostar na imagem desse atleta? Quando posso cobrar pela minha imagem? Posso associar minha imagem a qualquer produto?
O que responde a estas perguntas são os resultados do atleta, sua contunda no esporte e, é claro, sua postura fora das arenas esportivas. Veja o exemplo do golfista Tiger Woods, considerado um dos maiores do mundo. Sua carreira de campeão era perfeita, conquistando os mais importantes títulos dentro do esporte, era um negro dominando uma modalidade onde a maioria dos competidores são brancos e conquistou o respeito e idolatria de todos. Fora do campo, casado, fiel, pai de família e bilionário graças ao esporte. Woods era a imagem que toda empresa queria para se associar, até que os jornais descobriram que o golfista era infiel em seu casamento e a repercussão do caso abalou sua imagem de tal forma que seus principais patrocinadores o abandonaram, seu nível de jogo despencou (ele até abandonou a carreira por um tempo), sua imagem sofreu um abalo irreverssível, e por conseguinte, seu preço baixou consideravelmente.

P de Praça:
Talvez a parte que mais confunda as pessoas na hora de se adaptar as regras do marketing ao mundo do esporte. Praça não é arena esportiva. Um jogador de futebol não escolhe o campo como praça, isso faz parte dele da mesma forma que a piscina do nadador. Praça aqui é o meio que viabiliza o negócio do atleta com as entidades que ele irá representar, sejam os clubes ou os patrocinadores, ou seja, são os agentes, e esta escolha pode ser vital para o futuro do atleta. É importante que um profissíonal de alto nível tenha uma empresa de marketing esportivo competente e que conheça bem o mercado para poder negociar sua imagem.

P de Promoção:
Para um atleta, promoção não funciona como para um produto e depende vitalmente dos três fatores debatidos acima. Tudo que possa atrair a mídia positivamente fora das arenas esportivas é considerado uma promoção. Jogos de futebol, tênis e outros esportes para arrecadar fundos para necessitados são campeões neste quesito. Mas vários atletas também fazem campanhas solos, como o inusitado vídeo realizado pelo jogador de futebol David Beckham, em 2010, com ele interpretando um homossexual. A campanha teve o objetivo de arrecadar fundos para países que sofrem com a pobreza extrema.