segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Santos quer chegar à marca de 100 mil sócios e conquistar o mundo

Rejuvenescer a marca, elevar o número de associados e ampliar ainda mais a fama do clube no exterior. É nesses três pilares que está firmada a base do Santos para os próximos anos. A ideia é afastar cada vez mais a tese de que “o Santos é de Santos” e mostrar que o Alvinegro pode sim ser bem mais conhecido no mundo.

Prestes a completar 100 anos, o Peixe vem adotando medidas para expandir seu nome. A intenção é chegar ao final do centenário com 100 mil sócios e garantir a divulgação do nome do clube em boa parte do planeta, proporcionando uma receita que pode chegar aos R$ 30 milhões por ano. O alicerce para a construção desse projeto está pronto.

"Nosso mantra daqui para a frente é a palavra 'meninos'. A gente vai trabalhar muito em cima disso", revela o gerente de marketing do clube, Armênio Neto.

De acordo com o responsável pelo setor, o próprio lema do centenário santista (Meninos para Sempre) contribui para rejuvenescer o nome do clube.

"A gente vai ter uma atenção especial com as categorias de base, para que cada vez mais jogadores formados no clube se tornem ídolos. A marca do Santos está atrelada a um conceito de juventude, de irreverência, deixando de ser a marca dos 'tiozinhos' para se tornar a marca dos moleques. Qual a melhor combinação para conquistar a torcida? Ganhar campeonato, ter ídolos e ter um conceito bacana, um charme especial, e o Santos tem tudo isso".

Uma das principais ações é a criação do Programa Sócio Rei, por meio do qual o clube oferece uma série de vantagens que vão além do desconto em ingressos para jogos e prioridade de compra. A intenção é fazer com que o associado se torne parte integrante do clube. Só na fase de pré-venda foram adquiridos quase cinco mil títulos, dos quais quatro mil não eram sócios do Santos.

"Vamos criar motivos para que o sócio participe da vida do clube. Isso significa também estar perto dos caras que você admira, que são seus ídolos".

No site oficial do programa existe a possibilidade, por exemplo, de uma viagem com o time. Na versão 'Diamante' do programa de relacionamento, estão previstos jogos do associado com os amigos no gramado da Vila Belmiro. A definição das vantagens será divulgada em breve e o sistema funcionará com acúmulo de pontos.

Outra ação que vem ganhando muita força no Santos é a internacionalização da marca. O Santos vem discutindo meios de elevar ainda mais seu nome em outros continentes. E o vice-campeonato no Mundial de Clubes, no ano passado, ocorreu no momento ideal, de acordo com Armênio.
"Não fomos ao Japão só para disputar um torneio. Fomos buscar espaço e resgatar nossa imagem internacional. Toda a situação dos últimos dois anos, trazendo o Robinho de volta, segurando o Neymar duas vezes, ganhando uma Libertadores e jogando um Mundial só mostrou o tamanho da nossa marca. E não dá para nos restringirmos. Temos que expandir".

Uma das ações começa no mundo virtual, com a ampliação da Santos TV. Criado há dois anos, recebeu 28 milhões de visualizações só em 2011, tornando-o líder mundial entre os clubes de futebol.

"A Santos TV tem gerado conteúdo para tornar o clube o maior líder de exposição na TV. Nós temos de ter sócios lá fora que consumam o Santos. Transmitimos os treinos no Japão e recebemos picos de 15 mil acessos. Precisamos de meios de divulgar os jogos do time na Ásia".

Outra grande aposta está na troca do fornecedor de material esportivo. O Santos tem um termo de compromisso assinado com a Nike. A intenção é que a empresa colabore e muito nessa divulgação.

"Para criar conteúdos específicos do clube, para fazer o cara torcer e admirar o Santos".

Por enquanto, o Santos quer melhorar o mercado interno e depois seguir para o exterior.

"Nosso acordo começa pela distribuição do material no Brasil, porque temos um problema grave aí. Você chega em Minas Gerais e não acha a camisa do Santos. Depois, vamos buscar outros mercados e estar inseridos em uma estratégia de varejo internacional da marca. A Nike ajudou o Barcelona a montar lojinhas nos arredores do estádio e no CT deles no Japão. O Barcelona não usou recursos".

Além de todas essas ações, o Santos está assinando um contrato para fazer lojas físicas pelo Brasil. Até 2014, está prevista a inauguração de, pelo menos, 25 espaços exclusivos.

Matéria publicada em A Tribuna




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