Confira os bastidores da queda de Mano Menezes

Reuniões secretas, pressões externas e pouca identificação com a torcida fazem patrocinadores agirem

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Argentina vira mesa e River Plate fica na primeira divisão

A Associação do Futebol Argentino (AFA) anunciou seus planos para reformular a estrutura do Campeonato Argentino em uma medida que favorecerá o River Plate, rebaixado para a segunda divisão nesta temporada.

A proposta apresentada pelo presidente da AFA, Julio Grondona, fundiu primeira e segunda divisões argentinas, criando um torneio com 38 equipes a partir da temporada 2012-2013. As equipes serão divididas em duas zonas com 19 times cada. Rivais tradicionais como River e Boca Juniors ficarão em grupos diferentes antes de se enfrentarem em partidas “inter-zonas”.

As cinco melhores equipes de cada zona se classificam para a fase final, que vai determinar o campeão argentino, enquanto os outros 28 times vão jogar para evitar o rebaixamento.

O Comitê Executivo da AFA aprovou a proposta por maioria absoluta, com 22 votos a favor, quatro abstenções e um voto contra, do clube Olimpo. O novo formato precisa agora ser ratificado pelo Comitê Executivo com uma decisão que deverá ser anunciada no dia 18 de outubro.

Com isso, o River Plate, que no mês passado foi rebaixado pela primeira vez em sua história de 110 anos, deve passar apenas uma temporada na Nacional B (a segunda divisão argentina) antes de o novo formato entrar em vigor.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Rivel Plate culpa “maldición brasileña” pela queda da equipe

Com o rebaixamento do clube de maior torcida da Argentina, torcedores do River Plate começam a procurar os culpados pela tragédia, e sobrou para a eterna rivalidade com os vizinhos brasileiros.

Dos três principais patrocinadores do time dois são brasileiros, Tramontina e Lubrax, a outra é o fornecedor de material esportivo Adidas. O uniforme do River é conhecido como "millonaria".

A Petrobras é a principal patrocinadora do time de Buenos Aires. Parceira do River desde o primeiro semestre de 2006, aparece no peito e nas costas do uniforme. No início da parceria a idéia era usar o símbolo da empresa, BR em verde e amarelo, mas o marketing do clube achou melhor optar por não colocar as cores da bandeira brasileira na camisa.

Juntas, elas pagam ao clube argentino pouco mais de US$ 3 milhões anuais (cerca R$ 4,8 milhões), valor irrisório para o mercado futebolístico brasileiro, onde o Flamengo fatura R$ 8 milhões apenas com as mangas.

Em fóruns na internet e nas redes sociais, torcedores de rivais brincam que a equipe afundou devido à "má sorte" provocada por seus patrocinadores brasileiros.

A Tramontina ainda não se posicionou se irá apoiar o time na segundona argentina. A empresa informa apenas que o contrato, válido até o fim do ano, não tem cláusula de rescisão automática em caso de queda.

O contrato da Petrobras só termina no final de 2012, a empresa também ainda não definiu o que irá fazer. Assim como no caso da Tramontina, o acordo não prevê rescisão automática em caso de queda.

Apesar das piadas sobre uma possível "maldición brasileña", ter patrocinadores do vizinho com economia mais aquecida não é incomum para os argentinos. Oito dos 20 times do Torneio Clausura, vencido pelo Vélez Sarsfield, têm apoio verde e amarelo.